Nômades, até quando?

Quando falo de inconstância espiritual não consigo não pensar naquela geração de israelitas que Deus tirou do Egito.  Aquele povo vivia em total sofrimento clamou a Deus por libertação, o Senhor os ouviu e libertou com amor, lhes dando a promessa de que os guiaria a um lugar de boa habitação.  Do capítulo 4 ao 14 de gênesis, a bíblia narra os grandes feitos que Deus fez para que todos conhecessem o Seu poder.
Todas aquelas pessoas viram milagres e maravilhas, viram todo um rio se tornar sangue, viram uma infestação sobrenatural de animais, viram uma anômala coluna de fogo os acompanhando durante todas as noites, viram um mar se partir ao meio para que pudessem passar por ele com os pés enxutos, viram com os seus próprios olhos os seus maiores inimigos sendo derrotados como se não tivessem força alguma...  E sabe o que fizeram em resposta a tudo isso? Instantaneamente CELEBRARAM! Cantaram louvores ao Senhor, exaltaram o Seu nome e se alegraram na presença de Deus.  Previsível, não? Depois de testemunhar todas essas manifestações da grandeza de Deus, era mesmo de se esperar tamanha festa! O que não se esperava era que alguns quilômetros depois... aquele mesmo povo agiria como se nunca tivessem conhecido o Jeová Rafa! 
Eu fico indignada com isso! Como que eles viram o mar vermelho se abrir e conseguiram duvidar da provisão de Deus? Como que eles testemunharam  grandes coisas que provavam que só Deus é o Senhor Todo-Poderoso e ainda assim ousaram fazer pra si um bezerro de ouro? Como que eles conseguiam reclamar tanto e não ter um coração grato já que foram libertos da escravidão? Como? Eu não consigo entender! Ou até consigo... se eu parar de olhar para aquela geração e começar a olhar para a minha geração. Nossa geração que tem caído no mesmo abismo da gratidão momentânea que logo se transforma em uma injusta ingratidão. Nossa geração que tem reclamado demais e reconhecido de menos, nossa geração que tem desconfiado da proteção de Deus mesmo depois de ter passado por tantos livramentos que vieram dEle, nossa geração que é tão inconstante quanto uma criança que ainda não tem conceitos firmados.

Se as coisas vão bem, nós agradecemos e enchemos os céus com os mais lindos louvores. Mas, se as coisas vão mal... ah, se as coisas vão mal nossas murmurações são até mais altas do que os agradecimentos.  Um dia nossos corações queimam de desejo pela presença de Deus, no outro nós subsistimos normalmente como se Deus nem fosse tão importante assim;  Há fases que falar de Jesus é um prazer, em outros momentos parece um assunto clichê; E se em alguns dias nós lutamos com afinco contra o pecado, existem os dias seguintes que nos rendemos a ele sem nenhuma resistência. E assim prosseguimos, como os nômades da Idade pré-histórica que não tinham identidade nem lugar certo de moradia.

 Mas, vai ser assim até quando? 



A ordem é pra que sejamos CONSTANTES E SEMPRE ABUNDANTES, e que não sejamos levados por ventos de doutrinas ou movimentos que só mexem com a nossa emoção, mas não com o nosso espirito e, enfim,  pra que mantenhamos os nossos olhos fixos em Cristo, somente nEle e para sempre nEle.







  

Que a graça, maravilhosa graça, seja abundante na sua vida.